terça-feira, 15 de maio de 2007

Açúcar, o réu! Culpado ou inocente?!


O açúcar contido nos alimentos é como todos nos sabemos um dos principais culpados de algumas das patologias que mais atormentam a nossa sociedade, sendo muitas delas do foro crónico. O açúcar é assim considerado por nós um verdadeiro bode expiatório em toda e qualquer doença relacionada com este.

No entanto o facto deste constituir uma verdadeira fonte de energia bastante concentrada poderá ser uma mais valia da qual poderemos tirar partido de uma forma bastante benéfica. Por exemplo no futebol, desporto bastante desgastante, que todos nós vemos na televisão, este tem uma aplicação bastante prática. Cada jogador tem à sua disposição uma bebida com açúcares de absorção rápida, tendo estes a função de diminuir a fadiga muscular por prolongar a existência de glicogénio no músculo estriado. Esta bebida tem outras funções como por exemplo a hidratação, mas sobre a qual não vou dissertar. Ora vejamos também o caso de um diabético em hipoglicemia: um dos primeiros procedimentos a ter é fornecer-lhe um pacote de açúcar com água a fim deste recuperar rapidamente o nível de glicose sérica, caso contrário poderia estar em causa uma situação de coma.

O açúcar, tal como tudo, possui defeitos e desvantagens, como todos sabemos disso, mas como podemos constatar com alguns exemplos dados acima este poderá também ser um aliado bastante importante caso seja utilizado da forma correcta. Tudo depende da forma como o utilizamos.

Não seremos nós então, os verdadeiros culpados pelos efeitos devastadores do açúcar na nossa saúde pública?! Pensemos então na utilização do açúcar à cerca de 80 anos atrás em que para muitas das famílias não havia orçamento para tal luxo e este era consumido com muito menos frequência! Pensem agora também na evolução das patologias desde essa altura até aos nossos dias em que o usamos em tudo e mais alguma coisa e em quantidades estrondosas!

Será o açúcar culpado?!... Na altura do veredicto final reflictam um bocado sobre algumas destas questões…

sexta-feira, 20 de abril de 2007

O açúcar causa dependência?


Todos já sentimos aquela sensação de precisarmos de uma coisa doce. Simplesmente não conseguimos resistir à tentação. Mas será o açúcar um vício? Vários estudos (experiência em ratos de Bart Hoebel) indicam que o impulso para comer alimentos doces tem semelhanças psicofisiológias com a dependência do consumo de droga. É activado um sistema de recompensa no cérebro que nos impele a repetir a dose, tal como sucede com a heroína, a nicotina ou o álcool. Quando não há ingestão de açúcar pode surgir ansiedade de consumo e sinais típicos de “ressaca”. A habituação ao sabor doce pode levar a dependência.

Experiências de Bart Hoebel sobre dependência de açúcar

“Experiências realizadas com ratos, conduzidas pelo neurocientista Bart Hoebel da Universidade de Princeton, nos EUA, revelaram que apenas dez dias os pequenos roedores duplicaram a ingestão da solução açucarada, bebendo-a logo na primeira hora em que estava disponível. Os ratos evidenciaram alterações ao nível dos neurotransmissores cerebrais e manifestaram sinais típicos de privação, como ansiedade, agitação e tremura dos dentes. Sintomas que se mantiveram quando o açúcar foi substituído pela sacarina, um adoçante artificial, o que reforça a ideia de que a dependência é suscitada, sobretudo pelo sabor doce.” (retirado de noticias magazine)

Gulosos?

Sabia que cada português consome em média 35 quilos de açúcar por ano, ou seja cerca de 100g por dia. Mas não somos os mais gulosos, cada americano consome por ano cerca de 72 quilos, o que contribui para que os sejam os campeões em excesso de peso e obesidade.

quinta-feira, 22 de março de 2007

O açúcar continua a "escravizar"!!

A escravatura, foi a forma de relação social de produção adoptada, de uma forma geral, no Brasil desde o período colonial até o final do Império. A escravatura no Brasil é marcada principalmente pelo uso de escravos vindos do continente africano, mas é necessário salientar-se que muitos indígenas foram vítimas desse processo.Os escravos foram utilizados principalmente em actividades relacionadas à agricultura, com destaque para a actividade açucareira sendo assim essenciais para a manutenção da economia. A escravatura só foi oficialmente abolida no Brasil com a assinatura da Lei Áurea, em 13 de Maio de 1888.

No entanto, o açúcar continua a “escravizar”. Muitas das consequências do consumo exagerado de alimentos excessivamente ricos em açúcar levam ao aparecimento de patologias crónicas, tais como a tão discutida diabetes, passando pela obesidade e até uma simples cárie dentária. A Organização Mundial da Saúde (OMS) indica que as doenças crónicas representam cerca de 59 por cento do total de 57 milhões de mortes por ano e 46 por cento do total de doenças. Afectam países desenvolvidos e países em vias de desenvolvimento.

quinta-feira, 15 de março de 2007

Etimologia

A palavra “AÇÚCAR” tem uma etimologia indiana. É certamente o termo do sânscrito “sarkara” que deu origem a todas as versões da palavra açúcar nas línguas indo-europeias: sukkar em árabe, saccharum em latim, zucchero em italiano, seker em turco, zucker em alemão, sugar em inglês, etc.

Cereais de pequeno-almoço

Segundo um recente estudo norte-americano, decidir-se pelos os tradicionais cereais de pequeno-almoço não é necessariamente uma escolha saudável.
A revista britânica
Which? lançou o alerta através da divulgação de um estudo realizado pela Food Standards Agency, sobre 275 produtos disponíveis no mercado.
Tendo por base os níveis de sal, açúcar e gordura saturada por cada 100g de cereais, o estudo refere que 88% dos produtos avaliados revelavam elevado teor de açúcar, de sal (13%) e de gordura saturada (10%). Ou seja, alguns dos pequenos-almoços supostamente saudáveis tinham mais gordura por taça do que uma sanduíche de bacon, mais sal do que um pacote de batatas ou açúcar que uma tablete de chocolate (cerca de 55g por cada 100).
Assim, torna-se importante aprender a ler os rótulos, e escolher aqueles com menor teor de açúcar e de sal, e mais ricos em fibra.

As muitas aplicações do açúcar

O açúcar é usado por excelência na área de produção alimentar. Para além de ser utilizado como adoçante, desempenha também outras funções que, embora menos conhecidas, o tornam um ingrediente importante na confecção alimentar. A sua capacidade para dar cor e paladar, e o seu contributo na textura, consistência, conservação e fermentação dos alimentos, são propriedades que outros adoçantes não conseguem alcançar.
Fora da área alimentar, o açúcar tem ainda uma série de utilizações interessantes, nomeadamente na produção de colas e cimentos, no fabrico de tintas, no tratamento de peles, na composição de muitos produtos farmacêuticos, na produção de penicilina, se adicionado à água, ajuda a manter as flores frescas durante mais tempo e é o ingrediente que faz o vidro utilizado no cinema nas cenas de duplo.

Açúcar amigo do ambiente

Para aqueles cuja preservação do ambiente e da saúde são características essenciais num produto surge no mercado o Açúcar orgânico. O açúcar orgânico é produzido sem nenhum aditivo químico, na fase agrícola como na industrial, e é comercializado nas versões clara e dourada. O processamento segue princípios internacionais da agricultura orgânica e é anualmente certificado pelos órgãos competentes. Na produção do açúcar orgânico, todos os fertilizantes químicos são substituídos por um sistema integrado de nutrição orgânica para proteger o solo e melhorar suas características físicas e químicas. Evitam-se doenças com o uso de variedades mais resistentes, e combatem-se pragas, como a broca da cana e vespas.

Idosos e perda de paladar

É frequente à medida que a idade aumenta, muito por “culpa” de medicamentos e doenças, deixando os idosos vulneráveis – sem distinguir sabores, perdem o interesse pela comida, abusam do açúcar e do sal para “compensar” ou correm o risco de ingerir alimentos estragados.
Há uma tendência para gestos compensatórios como acrescentar sal ou açúcar, na tentativa de que a comida saiba melhor. O resultado é o consumo excessivo daqueles nutrientes, o que abre o caminho ao desenvolvimento ou agravamento de doenças como hipertensão ou a diabetes, predominantes nos idosos.